A maioria destes blogs é pública, e dá aos seus leitores a possibilidade da interação, seja por meio da caixa de comentários ou pela disponibilização de um endereço eletrônico. O que, por sua vez, deixa o leitor/comentarista exposto, pois os mais letrados em termos cibernéticos, conhecem os mecanismos de rastreamento dos IPs, que são os números de identificação da rede, que tornam possível o conhecimento da origem geográfica e do nome do servidor do usuário. É aqui que se iniciam os conflitos.
Apesar da maioria das opiniões expressadas neste blogs do tipo “diário” basearem-se na prática do “achismo”, ou simplesmente, possuírem fundamentos estritamente pessoais, há leitores que revoltam-se contra os conteúdos dos mesmos, como se os textos se tratassem de ofensas pessoalmente dirigidas a eles, e usam a caixa de comentários e os endereços eletrônicos para expressarem sua indignação contra o blogueiro, que nem sempre quis, em princípio, criar polêmica. É óbvio que o privilégio da liberdade de expressão, portanto, acaba por desandar em direção à balbúrdia, ou a popular “criação de barraco”. O que, teoricamente, teria que funcionar como espaço de debate e expressão racional da opinião, perde os critérios originais, e torna-se arena de execução pública. O mesmo, vale salientar, acontece nos chamados fóruns de discussão, que alguns dos blogueiros mais engajados acabam por estabelecer.
As anânimas e os anônimos – ou, da intimidação moral e ideológica na blogosfera brasileira
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